Inovação e Tendências

Açúcar e adoçantes: quais são as preferências dos consumidores latino-americanos

Reduzir o açúcar não é mais uma tendência. É um estilo de vida e um must que os consumidores buscam. Portanto, diante de preferências tão diferentes, o primeiro passo para desenvolver melhores soluções é conhecer o que os consumidores pensam hoje.

Ao contrário de outras preocupações sobre como nos alimentamos, que podem aparecer e desaparecer, a busca pela redução da ingestão de açúcar já faz parte da nossa vida e não há volta. Na verdade, de acordo com estatísticas mundiais,  redução de açúcar, aparece entre as 10 mudanças mais importantes que as pessoas fizeram em suas dietas na última década.

Mas, apesar de a redução do açúcar ter se tornado um must, as opções existentes no mercado despertam percepções contraditórios e muitos consumidores se sentem confusos ou insatisfeitos. “Há aqueles que se dão bem com adoçantes alternativos e há aqueles que, como indústria, ainda temos que conquistar”, explica Irma González, Regional Product Manager TasteSolution® Sweetness, Protein & Dairy na Givaudan.

Essas diferenças gritantes nas necessidades e preferências individuais são o que torna as soluções de adoçantes um verdadeiro desafio, sem uma solução única que funcione igualmente bem para todos. E embora existam diferentes estratégias de redução, o primeiro passo para delinear melhores soluções é conhecer a fundo a atitude e percepção dos consumidores em relação ao açúcar e adoçantes.

Como essas mudanças estão ocorrendo na América Latina?

A preocupação com adoçantes e açúcares é universal, embora a América Latina esteja entre as regiões que lideram as mudanças de comportamento, principalmente no México e no Brasil, onde os consumidores preferem produtos menos doces do que aqueles que costumavam consumir. Um fato surpreendente: as versões com teor reduzido de açúcar estavam ganhando popularidade entre os latino-americanos em categorias-chave como refrigerantes e cervejas.

Isso porque na América Latina e no resto do mundo, as pessoas consideram que reduzir o açúcar é a melhor forma de tornar as bebidas e os alimentos processados mais saudáveis, se sobressaindo a outros atributos essenciais como a redução de conservantes e redução de sal e gorduras.

Os consumidores preferem reduzir a ingestão de açúcar em vez de substituí-lo: 5 em cada 10 pessoas escolhem produtos menos doces e 4 em cada 10 escolhem alimentos e bebidas que não são doces. Enquanto isso, entre aqueles que procuram alternativas, 2 em cada 10 consomem mais produtos com adoçantes e sem açúcar ou os substituem por outros sabores.

Diferentes visões sobre o açúcar e os adoçantes

As pessoas não apenas mudam suas dietas ao consumir menos açúcar, mas também exigem das marcas que os produtos tenham informações claras sobre a quantidade de açúcar em suas embalagens. Desde 2014, a preocupação com o açúcar aumentou 15 pontos e a preocupação com os adoçantes artificiais aumentou 12 pontos.

E embora os consumidores classifiquem o açúcar e os adoçantes artificiais entre os “doces ruins”, há regiões como a América Latina onde as pessoas estão mais preocupadas com o açúcar do que com os adoçantes. No entanto, também é verdade que, entre os latino-americanos, é mais importante que o rótulo de um produto diga “não contém adoçantes artificiais” do que “teor reduzido de açúcar”.

Desta forma, conhecer as preocupações e demandas dos consumidores, com suas particularidades e nuances, é o que permite às empresas acompanhá-los da melhor forma. Ainda há muito trabalho a ser feito para oferecer soluções e experiências inovadoras sob medida para cada região e mercado.

Saiba mais sobre redução de açúcar aqui.

Fonte:
HealthFocus® International, “Sweetener Solutions: a path forward. New Sweetener Insights from Around the World”, 2020, Global Topic Report.