Mudanças no comportamento dos consumidores, nas políticas de saúde e nos marcos regulatórios da região exigem que as marcas inovem para trazer propostas alinhadas às novas exigências do mercado.
O mundo está mudando. As escolhas dos consumidores estão mudando. E nesse cenário, reduzir o consumo do açúcar tornou-se uma das principais preocupações. Você sabia que para mais de 90% dos consumidores, reduzir o açúcar em alimentos e bebidas faz com que pareçam mais saudáveis?
O futuro da redução de açúcar parece muito diferente de como o conhecíamos até um tempo atrás. Quais fatores impactam e definem novas regras para a indústria de alimentos e bebidas? Aqui estão as 5 tendências que detectamos:
Na América Latina, 18% dos consumidores acreditam que alguns adoçantes artificiais podem causar doenças.
Nº 1 Políticas de alimentação e saúde
O impacto das doenças crônicas não transmissíveis nos custos do sistema de saúde levou diferentes governos ao redor do mundo a definir diferentes tipos de medidas, regulamentações e impostos com a finalidade de reduzir o consumo e, assim, combater a pandemia de excesso de peso e diabetes.
O México, por exemplo, com mais de 70% da população com sobrepeso ou obesidade, foi um dos primeiros países da região a adotar o imposto sobre bebidas com teor de açúcar, em vigor desde 2014. Porém, medidas semelhantes foram tomadas em outros países da América Latina, como Costa Rica, Equador, Peru, Chile e Uruguai.
No futuro, a intervenção do governo continuará à medida que os custos de saúde pública aumentarem. O que resta a ser visto é como essas medidas afetarão o comportamento do consumidor.
Nº 2 Consumidores capacitados
Os consumidores vinculam seus hábitos de compra a seus valores e crenças. Hoje, valores como sustentabilidade, transparência e igualdade são defendidos pela maioria dos consumidores. Especialmente no caso da geração mais jovem, que está confiante em promover mudanças.
Além disso, os consumidores estão cada vez mais informados e têm claro o que desejam e exigem das marcas. A forma como percebem um alimento é importante, mesmo que essas percepções não sejam baseadas em evidências científicas. Na América Latina, por exemplo, 18% dos consumidores acreditam que alguns adoçantes artificiais podem causar doenças.
Nº 3 Naturalmente perfeito
O natural é o novo luxo. Os consumidores optam cada vez mais por produtos frescos, in natura, sem conservantes e aditivos. Eles o fazem, em parte, em busca da saúde e do bem-estar, mas o movimento natural também é sobre valores sociais e um desejo por um estilo de vida menos acelerado.
Quando se trata de adoçar, os latino-americanos destacam o mel, o açúcar orgânico e o açúcar mascavo como opções mais naturais. Sua percepção de naturalidade está ligada ao nível de familiaridade com esse produto.
Nº 4 Perfeição de design
A ciência e a tecnologia abrem caminhos únicos para a perfeição. Os consumidores adoram o controle que a tecnologia oferece e estão dispostos a fazer concessões em troca de uma experiência melhor. Na situação certa, o artificial é tolerado e às vezes até aceito.
Para alguns consumidores, o desejo de consumir o mínimo de calorias possível os leva a escolher adoçantes artificiais com baixo teor calórico.
Nos últimos anos, o crescimento da stevia como opção de adoçamento ultrapassou muito outros adoçantes. Assim, a nova stevia modulada acaba sendo um grande aliado no caminho da redução do açúcar.
Nº 5 Desbravando caminhos
O comportamento de novos consumidores sugere que a redução de açúcar deve advir de novas abordagens na formulação e no posicionamento dos produtos. Os millennials são menos leais às marcas; em vez disso, valorizam mais a novidade e o fato de haver opções personalizadas. Nesse sentido, para eles, comer e beber são oportunidades para construir uma experiência e poder expressar-se.
Imitar o açúcar não é suficiente; as novas gerações buscam propostas inovadoras que lhes gerem experiências diferentes.
Nesse contexto, podem ser feitas três previsões que moldarão o mercado nos próximos anos:
- As marcas precisam de verdadeira inovação para atender às necessidades de mudança do mercado. Atualmente, a redução silenciosa do açúcar é possível com a escolha, mas não é uma estratégia válida a longo prazo.
- Os adoçantes naturais e artificiais têm um futuro no longo prazo para alimentos e bebidas.
- As gerações mais jovens buscarão satisfação além do açúcar e do adoçamento, criando oportunidades ainda não atendidas.
A pergunta final é: Você quer que sua marca seja protagonista nessa onda de mudanças? Não é hora de sermos meros espectadores: é hora de agirmos.