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Como é a oferta de produtos lácteos alternativos na América Latina?

Nesta nota, vamos contar quais são os ingredientes e sabores que predominam na oferta de leites de origem vegetal da região para que seja possível pensar em propostas inovadoras.

Os produtos lácteos alternativos estão no auge e não há como voltar atrás. Trata-se de uma tendência que está revolucionando o mercado de alimentos e bebidas e, a cada dia, mais marcas entram em campo para disputar seu lugar nas lojas. De startups a empresas estabelecidas, os fabricantes estão desenvolvendo propostas baseadas em plantas para substituir os produtos lácteos e as carnes.

De acordo com um estudo da Data Bridge, espera-se que o mercado global de produtos lácteos alternativos alcance US$28 bilhões em 2026 e deva registrar um CAGR de 9,1% entre 2019 e 2026. Certamente, é um mercado em rápido crescimento. A pandemia acelerou ainda mais essa expansão: movidos pelo interesse em saúde e sustentabilidade, os consumidores aprofundaram sua busca por produtos que os ajudassem a se sentirem bem consigo mesmos. Além disso, esses produtos também apresentam uma série de vantagens que os tornam especialmente atraentes para determinados consumidores: são sem lactose, sem glúten, sem açúcar, sem OGM e sem colesterol.

Espera-se que o mercado global de produtos lácteos alternativos chegue a US$28 bilhões até 2026.

Na América Latina, encontramos produtos lácteos de origem vegetal em uma série de categorias: cápsulas de café, iogurtes, bebidas, sorvetes e queijos, entre outros. Estar a par dos lançamentos não é fácil. Então, para conhecer o mercado dos produtos lácteos alternativos da região do ponto de vista sensorial, na Givaudan, nos propusemos a investigar. Analisamos 159 amostras, de 42 marcas, tanto de leite de vaca como de leites de origem vegetal para descobrir quais sabores e ingredientes predominam na oferta.

Ao contrário de outras partes do mundo – na Espanha, por exemplo, onde o leite de aveia domina o mercado – na América Latina, o leite de amêndoas assume a liderança e é hoje o ingrediente mais difundido, seguido pelo leite de coco, noz, arroz, soja e aveia. Em relação ao sabor, 78% dos produtos analisados ​​mantêm o sabor original; 11% têm sabor de baunilha e 9% de chocolate. Por sua vez, 41% são de baixa caloria, ao passo que os 59% restantes são regulares.

Se olharmos para alguns países da região, os números são semelhantes. Porém, na Colômbia, por exemplo, todos os produtos pesquisados ​​são à base de amêndoas e quase a metade tem sabor de baunilha. Na Argentina, o leite de arroz é o segundo em presença no mercado; já no Brasil, o leite de castanhas e amêndoas é igualmente difundido e 20% têm sabor de chocolate.

Ao desenvolver produtos lácteos de origem vegetal, muitas são as variáveis que devem ser levadas em consideração. E o ingrediente básico é o principal. Este panorama permite-nos ver onde estão as oportunidades para explorar propostas que despertem o interesse dos consumidores e acompanhem uma tendência que continuará a aumentar nos próximos anos. Pense em novas categorias de produtos, e em como inovar em segmentos existentes com um toque especial: explorar sabores, ingredientes funcionais e nutrientes – como vitaminas e minerais – para atrair consumidores que a cada dia, estão mais adeptos e interessados nesta tendência.