5 fatores que impulsionam a onda de peixes e frutos do mar à base de plantas

04/03/2021

Written by Givaudan

A indústria de peixes e frutos do mar não está isenta das tendências atuais que levam os consumidores a tomar decisões de compra mais conscientes em busca de uma alimentação saudável para eles e amigável para o meio ambiente. Mas quais são as razões específicas para os consumidores adotarem alternativas de peixes à base de plantas? Encontre a resposta nesta nota.

“Bom para mim, bom para o planeta” poderia ser o slogan que resume como os consumidores de hoje pensam e agem. E embora a tendência não seja nova, a pandemia acelerou a transformação dos hábitos de consumo e os alimentos à base de plantas tiveram um impulso: mais e mais, os consumidores estão escolhendo alimentos mais saudáveis e com menos impacto para o meio ambiente. De fato, estimativas recentes do BIS (1) revelam que o mercado de produtos à base de plantas atingirá US$480 bilhões em 2024 impulsionado pelo aumento do flexitarismo.

As alternativas de peixes são previstas como uma das principais tendências nos próximos anos.
MINTEL, RELATÓRIO DA 2019

Nos últimos anos, vimos grandes avanços e inovações para substituir as carnes vermelhas e hoje já encontramos no mercado hambúrgueres 100% de origem vegetal, que replicam o sabor, a textura e a experiência da carne. As proteínas alternativas vieram para ficar e agora estão se expandindo para outras indústrias. E quanto aos peixes e frutos do mar, por exemplo? De acordo com um relatório da Mintel de 2019, as alternativas de peixes são previstas como uma das principais tendências nos próximos anos. Para aprofundar isso e explorar desenvolvimentos futuros nesta indústria, a Givaudan, juntamente com a Universidade da Califórnia, Berkeley, realizaram uma recente pesquisa que analisa o estado atual do mercado e os interesses dos consumidores.

Uma das primeiras informações apuradas pelo estudo é que o crescente interesse dos consumidores por alternativas de peixe de origem vegetal impulsionada por macrotendências já observadas, mas que assumem formas específicas ligadas à indústria de peixes e frutos do mar. Exploremos quais são:

Pressione os números para descobrir os 5 motivos que levam à adoção de análogos de peixes pelos consumidores:

Pesca predatória

Os consumidores estão cada vez mais preocupados com o impacto da pesca predatória na biodiversidade marinha e nas populações de peixes. Segundo a FAO, um terço da pesca mundial ocorre em níveis insustentáveis (2). Ao mesmo tempo, o consumo de peixes está crescendo em todo o mundo e, como resultado, os preços estão subindo e essa tendência deve continuar à medida que a demanda supera a oferta.

Mudanças climáticas

Como a indústria pesqueira afeta o meio ambiente é outra preocupação crescente que está levando os consumidores a escolher peixes de origem vegetal. Sabe-se, por exemplo, que a atividade da pesca e o transporte das capturas contribuem, segundo as estimativas, em 40-130 Tg1 CO2 para as emissões de gases de efeito estufa (3).

Poluição

O debate sobre a presença de micro plásticos nos oceanos destacou o papel que a indústria pesqueira desempenha no abandono ou descarte de equipamentos de pesca no mar. Além disso, a piscicultura também é cada vez mais considerada um fator poluidor dos cursos de água: o excesso de alimento, fertilizantes e pesticidas, hormônios, efluentes e anti-incrustantes são as principais causas da poluição. Por último, é uma indústria que consome grandes quantidades de água doce, energia e solo, o que pressiona os recursos naturais das populações locais.

Poluição por micro plásticos

O debate sobre os micro plásticos não afeta apenas o meio ambiente, mas também é um sinal de alerta para muitos consumidores preocupados em ingeri-los ao comer, por exemplo, crustáceos e moluscos.

Níveis de mercúrio

Você sabia que peixes são fontes predominantes de exposição humana ao metilmercúrio, uma poderosa neurotoxina? Em espécies como o atum e o bacalhau do Atlântico, os níveis de mercúrio estão aumentando, em resultado das alterações na alimentação destes peixes provocadas pela pesca predatória e pelo aumento da temperatura do mar.

Como afirma Sudhir Joshu, professor da Universidade da Califórnia e especialista em proteínas de origem vegetal, a revolução tecnológica marcará os próximos anos da indústria de alimentos e bebidas e permitirá encontrar cada vez mais alternativas alinhadas aos novos problemas ambientais e ao crescente interesse dos consumidores por uma alimentação mais saudável.

Quer acessar o estudo completo? Você pode fazer o download clicando aqui.

Fontes:
1. BIS Research – Plant-based Food and Beverage Alternatives: The Revolutionary Trend in the Food-Tech Industry.
2. United Nations, Food and Agriculture Organization.
3. FAO Documento Técnico de Pesca y Acuicultura, No 530. Roma. pp. 119–168.

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